O cenário é a barbearia do Proença, sítio iluminado bem localizado, cadeiras vermelhas encostadas às paredes brancas e azuis.
A cidade é do interior.
Sr. Rebelo ( Homem cinquentão, proprietário da loja de antiguidades em frente ao barbeiro, onde passa os dias devido à crise do seu negócio) - " Olhá... Viu-a?"
Sr. Proença, aka Tesouras - "Vi, pois... Quem aí passou à bocado foi a sua prima!"
Sr. Rebelo - "Ah. Eu vi-a!"
Sr. Proença - "Ía com uma calcinhas a verem-se-lhe as bochechas! Quer dizer as bochechas não se viam mas ... (risos)"
Sr. Proença - "É, é... Ela agora tá bem!"
Entra em cena o Sr. Morgado! (Proprietário de um talho da mesma rua)
Sr. Morgado - " Então Proença, já afiaste a moto-serra?"
Sr. Proença - " Tá sempre afiada!"
Sr. Rebelo - "Afiada está mas trabalho não há"
Sr. Morgado - " Vou só aqui meter um bocadinho de gasóleo! (leia-se beber um copo)"
Sr. Morgado sai de cena!
Sr. Morgado regressa da bomba de gasolina!
Sr. Morgado - "Então Proença, É pra hoje ou pr´amanhã?! Ah, C#@$%& isto aqui tá tudo F#@$%&!"
Sr. Proença - "Há mais a queixarem-se"
Sr. Morgado - " Não sei se tá pior para os novos ou prós velhos. Como é que ficou aquilo ontem da PT? "
Eu - " Não ficou nada decidido e a proposta da Telefónica expirou à meia-noite!"
Sr. Morgado - "Ah!"
Sr. Proença - " Se me dessem metade do dinheiro a mim!" (risos, de gargalhadas)
Sr. Proença - "Ora prontinho! São 6.50€"
Assim se passam uns bons 15 minutos na cadeira do Barbeiro!
0 recortes: