Eu sou provavelmente a pior pessoa para falar de religiões. Não sou católico, nem religioso. Sou baptizado e fiz a Primeira Comunhão, como a maioria dos portugueses, mas nem sou crismado. Aliás, a última vez que pus os pés numa igreja (sem contar visitas culturais) já data de mais de dois anos.
No entanto, tenho noção do que a Igreja representa no nosso país. Aliás, apesar de nunca perceber como se pode acreditar cegamente em Deus, sempre percebi a mensagem de fé e os valores transmitidos pela Igreja. E acho que faz bem ao país. E por isso é que não percebo tanta crítica à visita do Papa.
Qual o problema de o símbolo máximo da religião mais professada em Portugal ser recebido desta maneira? Nenhum. Aliás, no estado em que estamos, só pode ser boa esta mensagem de fé e esperança. É por causa dos custos? O Vaticano suporta todos os custos menos a segurança. É por causa da igualdade com outras religiões (tanto se fala do Dalai Lama...)? Obviamente não podemos comparar os dois, porque Portugal não é um país budista. É por o país ser laico? É verdade. E isso quer dizer que não pode proceder a todas as diligências para que uma importante figura a nível mundial seja bem recebida? Não me parece.
Quem não queria ir ver Bento XVI tinha bom remédio: não ia. Aliás, o que eu fiz. E quem queria, ia trabalhar. A quem não apetecesse, não ia. O que me parece estúpido é tanta crítica sem razão de ser. Não gosto de implicar só por implicar, ao contrário de tantos portugueses que fazem dessa implicância crónica desporto nacional.
2 recortes:
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Unknown
13 de maio de 2010 às 16:09Grande post. Expressate muito do q sinto. este fanatismo anti-religiao-mais-disseminada é preocupante... as outras tudo podem, estes, nem 1 passo se podem enganar...
12 de maio de 2010 às 19:38
Magnífico texto. Nunca falaste tão bem e correctamente na tua vida.