22 recortes:
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l.
18 de junho de 2010 às 18:00Eu não disse que Saramago não me merecia respeito: eu disse que o Saramago enquanto cidadão não o merecia.
Sobre Deus pode escrever o que quiser, não me faz diferença nenhuma. Sobre Portugal pode também dizer o que quiser, mas eu também posso ficar a pensar dele o que quero e a escrever o que quiser sobre a pessoa, correcto? Ou a liberdade de expressão é só para alguns?
E podes chamar-me retrógrado à vontade, tenho noção de que em muitas coisas o posso ser. Não nisto. Ou achar que os portugueses devem amar a pátria é retrógrado? Não digo que só deva gostar de Portugal! Mas enquanto português acho que deve algum respeito à sua pátria.
Eu falo dele, e dou-lhe todos os méritos enquanto escritor. Gostava de lhe poder dar os mesmos enquanto pessoa, mas infelizmente não sou capaz. E não sou duro. Lá no fundo, este post é uma homenagem. Como pode ser dura a homenagem a um "grande escritor", como digo no título?
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Jeanne
18 de junho de 2010 às 19:14Christian, concordo.
Mais que nunca os nossos jovens precisam de exemplos.
Exemplos que vão para além dos pais e dos professores.
Esses exemplos são políticos, escritores, comentadores, actores, músicos, you name it.
Saramago é português. Foi Portugal que lhe deu vida. E por isso devia respeitá-lo, apesar dos seus defeitos.
Ninguém, nada é perfeito.
Eu tenho dois países de que muito gosto. Um é dos países mais inovadores, ricos e qualidade de vida do mundo. O outro é Portugal.
Eu escolhi Portugal porque me sinto bem aqui. Porque nasci aqui. Porque independentemente de corrupção, conservadorismo, seja o que for, acho que devo contribuir para fazer deste um país melhor.
Se Saramago achava que tinha tanta razão, porque é que da literatura, das palavras e do cartão de militante não passava à acção?
Não é por isso, que deixa de ser um ícone literário. Goste eu dele ou não. Marcou o nosso país, marcou a nossa população e catapultou a nossa literatura além fronteiras.
Daí merecer o nosso respeito.
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l.
18 de junho de 2010 às 19:32Nem mais. É precisamente isso, Jeanne. Saramago tem o meu respeito, não só por ser um escritor de méritos reconhecidos, mas porque gosto do tipo de literatura dele. Mas pelo resto, não o tem. Porque podia e devia ter feito mais por Portugal (tinha prestígio e meios para tal), e optou por abandonar o barco.
Muito obrigado por comentar, e espero que o faça mais vezes :)
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Jeanne
19 de junho de 2010 às 00:33Tens sorte Christian. Ganhaste a minha atenção porque tens precisamente à minha direita um dos blogs em que escrevo com o meu alter-ego. =)
Agora vou passar a dar-te muito mais atenção!
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fernandopedro
19 de junho de 2010 às 02:31Olá,
porque é que não merece ser respeitado enquanto pessoa?
Nota que a pergunta é mesmo legítima e verdadeira!, nunca o conheci enquanto pessoa e cativa-me aquela treta de revista cor-de-rosa da vida pessoal dos artistas =P
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l.
19 de junho de 2010 às 02:51Eu digo isso porque consta que implementou uma "ditadura" no DN em 75, onde despedia quem não era comunista, pelo que me contaram no twitter, e fez algumas intervenções anti-semitas, onde mostrou o seu desgosto pelos judeus. Não quero dizer que não merece dignidade humana, referia-me a "pessoa" mais enquanto ser integrado numa comunidade, e não enquanto ser humano como eu e tu. Se calhar foi isso que percebeste, não sei...
E se estavas à espera de traições às mulheres e cenas assim mais giras, pelo que eu sei não há ;)
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Jeanne
19 de junho de 2010 às 20:15Christian,
Por acaso somos mesmo duas amigas diferentes. Eu sou luso-escandinava, ela é luso-suíça. Eu sou mais ou menos loura, ela é morena. Para além de que, por mais que me tenha cruzado contigo no Bar Velho, não somos da mesma faculdade ;)
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Jeanne
19 de junho de 2010 às 20:15E sim, ele foi muito mauzinho para jornalistas. Do género ameaças e tal.
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l.
19 de junho de 2010 às 20:25Então fico à espera que te apresentes, quando tiveres oportunidade :)
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l.
19 de junho de 2010 às 21:48Então estás a falar com a pessoa errada! ;) estás a pensar no meu colega de blog, de certeza...
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Jeanne
20 de junho de 2010 às 01:14Possível! Foi ele que me indicou via Fb o post. Então talvez nos conheçamos de outros eventos certamente! Malta da vossa ilustre casa não conheço pouca =)
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Sean
20 de junho de 2010 às 16:34A pista da luso-escandinava foi reveladora! Eu sim, tenho coisas em comum com a loira e a morena ;) ELSA! Enigmas bastante engraçados ;)
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Jeanne
20 de junho de 2010 às 19:15Oh Sean, mas nós já nos conhecemos em ELSA work. (O que é interessante tendo em conta que maior parte da malta vou conhecendo através de amigos!)
18 de junho de 2010 às 17:34
Todos merecem, pelo menos, o mínimo respeito.. E não sei pqê tto alarido, o homem simplesmente não tinha medo de dizer aqilo qe pensava. São opiniões e escolhas. Ele fez as dele.
Em pleno séc XXI há um homem qe escreve não sei o qê sobre Deus e diz isto e aqilo sobre Portugal e quase é apedrejado. Liberdade de expressão, debate ideológico o tanas! Continuamos os mesmos retrogradas de há 50 anos atrás. Mas agora temos os morangos c açucar, e somos rebeldes.
Certo é qe, falem bem ou mal, falam dele. Já é alguma coisa..
Isto só pqe achei este post demasiado.. duro.